É pelas bondades do SENHOR que não somos consumidos, porque suas misericórdias não têm fim.
Comentário de Naegelsbach e Hornblower
O fato de o poeta aqui falar no plural em primeira pessoa, quando em outro lugar, até Lamentações 3:40, ele fala apenas de si mesmo, é explicado pelo que já foi demonstrado, que ele prende as amarras de sua própria esperança pessoal ao fato de que o povo ainda existe, mesmo que apenas como um fraco remanescente. Mas que mesmo um tal núcleo permanece, ele atribui à graça de Deus. O uso do plural na misericórdia envolve a ideia de manifestações de graça, ou exemplos de graça, na forma de instrução e de exemplo. Muitos atos de graça divina mostrados a muitos indivíduos, combinam-se no resultado. Como as misericórdias (os vários atos de graça) de Jeová só podem ser consideradas como o efluente de Sua compaixão, tomamos o segundo כִּי como uma partícula causal, “pois Sua compaixão não tem fim”. A compaixão de Deus é a base de Sua graciosidade, em consequência da qual Israel não é totalmente desfeito. [Lange]
Comentário de A. W. Streane 🔒
(22-23) Existem irregularidades métricas nestes versículos como eles estão. Devemos provavelmente (com Löhr) ler o primeiro, “A bondade do Senhor não cessa”; “Seu amor não é consumido”, e a segunda, que agora é muito curta em sua primeira parte, podemos estender com segurança, fornecendo da sentença anterior “Nova é a tua compaixão todas as manhãs”. [Streane, 1913]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.