Naquele tempo, respondendo Jesus disse: ‘Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e instruídos, e as revelaste aos pequeninos.’
sábios e instruídos. Os escribas e fariseus, orgulhos em suas mentes carnais e obscurecidos de coração, recusando-se a se submeter à justiça de Deus (ou seja, aceitar o método de Deus para salvar o homem por Cristo) e procurando estabelecer sua própria justiça (seu próprio método de se salvar), rejeitaram o propósito de Deus, e Deus enviou a paz e a salvação do Evangelho a outros, chamados aqui de “pequeninos” (ou seja, seus discípulos), pessoas de coração humilde, que se submeteram a serem instruídos e salvos à maneira de Deus. [Clarke, 1832]
Comentário de A. T. Robertson 🔒
Naquele tempo. Lucas (Lucas 10:21 f.) coloca esta maravilhosa oração no momento do retorno dos Setenta. A mesma dúvida quanto à sua posição real existe como na seção anterior. Mas ambos os Evangelhos testemunham uma passagem que pode ter sido tirada do Quarto Evangelho. Pertence ao documento sinóptico mais antigo, Q. Evidentemente, portanto, esse tipo de ensinamento é genuíno. Mas esse clima de santa comunhão entre Jesus e seu Pai é um vislumbre muito significativo de sua consciência. Não é a de um mero homem.
respondendo Jesus disse. Uma linguagem comum para a resposta. Mas respondeu a quem? Ao Pai.
Graças te dou. Esta oração não é petição, mas louvor, adoração, comunhão, gratidão.
aos sábios e instruídos. Como os escribas e fariseus. Jesus não se opõe ao aprendizado. Longe disso. Mas ele tem em vista o aprendizado pretensioso que cega onde deveria iluminar.
aos pequeninos. O intelecto não é a parte mais nobre do homem. O coração vale mais. A vontade é o mestre no homem. Mas o coração tem mais poder sobre a vontade do que o intelecto. Os simples podem vir a Deus. [Robertson, 1907]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.