Mateus 22:21

Eles lhe responderam: De César. Então ele lhes disse: Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.

Comentário Whedon

Nesta resposta, nosso Senhor foge da peculiaridade de cada parte, mas sustenta a verdade em questão. Os herodianos não podem reclamar, pois o governo de César não é atacado. Os fariseus não podem queixar-se, pois o seu parecer não é senão a própria confissão deles colocada em palavras. Os próprios zelotes (Gaulonites) não podem reclamar; pois ele não decide que não há motivos justos para revolucionar o governo desde as fundações e afirmar a independência tanto da moeda de César quanto da autoridade de César. Tudo o que ele decide é que, enquanto o governo de Cesar seja o governo reconhecido, ele deve receber suas dívidas. Nosso Senhor recusou-se a agir como patriota político ou árbitro político. Ele simplesmente decide como mestre religioso que o governo está certo e que um governo reconhecido deve receber o imposto que lhe cabe como governo.

a Deus o que é de Deus. Mas César não tem o direito de infringir os direitos de Deus. As leis humanas são limitadas pela lei divina. O cristão deve, tanto quanto possível, cumprir ambas. Onde a lei humana entra em conflito com a divina, ele deve obedecer a esta e sofrer as consequências. [Whedon]

Comentário Ellicott 🔒

Dai, pois, a César o que é de César. No que diz respeito à questão imediata, esta foi, obviamente, uma resposta afirmativa. Ele reconheceu o princípio de que a aceitação da moeda do imperador era uma admissão de sua soberania de fato. Mas as palavras que se seguiram elevaram a discussão a uma região superior e afirmaram implicitamente que essa admissão não interferia na verdadeira liberdade espiritual do povo, ou em seus deveres religiosos. Eles ainda podem “dar a Deus as coisas que eram Suas” – isto é, (1), os dízimos, tributos, ofertas que pertenciam ao governo e adoração que eram as testemunhas designadas de Sua soberania, e (2) a fé, amor e obediência que eram devidos a Ele de todo israelita. O princípio envolvido nas palavras era obviamente mais amplo em seu alcance do que a ocasião particular a que era assim aplicado. Em todas as questões de colisão real ou aparente entre autoridade secular e liberdade espiritual, a primeira reivindica a obediência como uma ordenança de fato de Deus até o limite em que invade os direitos de consciência e impede os homens de adorá-Lo e servi-Lo. A obediência leal em coisas diferentes por parte do sujeito, uma tolerância generosa (como o Império Romano nessa época exercida para com a religião de Israel) por parte do Estado, eram os dois elementos correlativos sobre os quais a ordem social e a liberdade dependia. Podem surgir questões, como surgiram em todas as épocas da Igreja, sobre se o limite foi, ou não, transgredido nesta ou naquela situação, e para estas o princípio não, e na natureza das coisas não poderia, fornecer uma resposta direta. O que prescreve é ​​que todas essas questões devem ser abordadas no temperamento que busca reconciliar as duas obrigações, não naquilo que exagera e perpetua seu antagonismo. Muito menos sanciona a identificação das reivindicações desta ou daquela forma de política eclesiástica com as “coisas que são de Deus”. [Ellicott]

< Mateus 22:20 Mateus 22:22 >

Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.