E na mão dele tinha um livrinho aberto; e pôs seu pé direito sobre o mar, e o esquerdo sobre a terra.
Comentário de Plummer, Randell e Bott
E na mão dele tinha um livrinho aberto. Ἔχων, “tendo”, está registrado em א, A, B, C, P; εἴχεν, “ele tinha”, em alguns poucos cursivos, na Vulgata, Andreas, Arethas, Primasius. O significado é o mesmo. A palavra βιβλαρίδιον, “livrinho”, é um diminutivo de βιβλίον (Apocalipse 5:1), que por sua vez já é diminutivo de βίβλος. Essa forma da palavra não é encontrada em nenhum outro lugar; a forma usual correspondente é βιβλιδαρίον. Provavelmente o livro é pequeno em comparação com o de Apocalipse 5:1. Este último continha todos os propósitos de Deus, e ao vidente não foi permitido lê-lo — apenas uma parte lhe foi indicada. Este livrinho contém apenas uma pequena parte dos métodos de Deus ao lidar com a humanidade, e João é ordenado a recebê-lo por completo. O conteúdo é indicado no versículo 11 e no capítulo seguinte. O livro está aberto, como sinal de que aquilo que contém será revelado. Beda acredita que o Novo Testamento é simbolizado por ele; Wordsworth vê nele o poder espiritual de Roma; Hengstenberg considera que contém o juízo sobre a Igreja degenerada.
e pôs seu pé direito sobre o mar, e o esquerdo sobre a terra. Assim, indica-se que a revelação que se seguirá afeta todo o mundo, e não opera de modo parcial, como eram os juízos apresentados sob as trombetas anteriores. Wordsworth (seguindo Hengstenberg) vê na terra um emblema do poder mundano, e no mar um símbolo da agitação e turbulência das nações. [Plummer, Randell e Bott, 1909]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.