Apocalipse 13:2

E a besta que eu vi era semelhante a um leopardo, e seus pés como de urso, e sua boca como boca de leão; e o dragão lhe deu seu poder, e seu trono, e grande autoridade.

Comentário de Plummer, Randell e Bott

E a besta que vi era semelhante a leopardo, e seus pés como de urso, e sua boca como boca de leão. A semelhança com Daniel 7 é evidente; até a linguagem se aproxima da LXX. Cf. especialmente ἄρκος (em todos os melhores manuscritos) com Daniel 7:5 na LXX. Em Daniel, quatro bestas sobem do mar: leão, urso, leopardo, e a quarta com dez chifres. Aqui, as quatro se combinam numa só. Os animais indicam qualidades geralmente reconhecidas: o leão, domínio régio; o urso, força esmagadora e tenacidade; o leopardo, rapidez e sede cruel de sangue. Essas marcas assinalavam o império romano ao tempo desta visão — provavelmente seu primeiro cumprimento. As mesmas qualidades, porém, se mostram em todos os perseguidores da Igreja; assim, a visão representa (como diz Alford) “não apenas o império romano, mas o agregado dos impérios deste mundo, em oposição a Cristo e ao seu reino”.

E o dragão lhe deu o seu poder, o seu trono e grande autoridade. O dragão e esta besta são essencialmente um, visto que esta exerce toda a influência daquele. O diabo perdeu seu trono no céu; por meio do poder do mundo, readquire temporariamente um trono como “príncipe deste mundo”. Pela encarnação, Cristo destruiu muito da influência pessoal do diabo sobre os homens — ficando o diabo completamente atado quanto aos justos (cf. a interpretação de Apocalipse 20:2); mas ele transfere seu poder de fazer mal às nações, que se tornam seu instrumento. [Plummer, Randell e Bott, ⚠️ comentário aguardando revisão]

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Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.