Apocalipse 3:21

Ao que vencer, eu lhe concederei que se sente comigo em meu trono; assim como eu também venci, e me sentei com meu Pai no trono dele.

Comentário de Plummer, Randell e Bott

Esse é o clímax das promessas feitas às sete igrejas (cf. Apocalipse 2:7, 11, 17, 26-28; 3:5, 12). Há dois pontos importantes nessa promessa:

(1) A posição prometida ao vencedor: “no meu trono”;
(2) Os dois tronos mencionados.

(1) Note-se a expressão “no meu trono” (en tō thronō, e não epi), uma formulação que não ocorre em nenhum outro lugar. A mãe de Tiago e João havia pedido para eles um lugar à direita e à esquerda de Jesus — a maior honra que ela conseguia imaginar. Aos doze apóstolos foi prometido que se assentariam em doze tronos para julgar as tribos de Israel. Mas Cristo oferece uma honra ainda maior: assentar-se em seu próprio trono, colocando-nos na relação mais próxima possível com Ele e elevando-nos à sua própria glória.

(2) O trono prometido não é o que Cristo agora ocupa com o Pai, mas o seu próprio trono. Cristo, atualmente, está sentado no trono do Pai, intercedendo pela sua Igreja na terra e aguardando até que seus inimigos sejam colocados como estrado de seus pés (Salmo 110:1). A esse trono, a humanidade não pode ter acesso, embora Cristo o compartilhe por causa de sua divindade. Mas, quando os inimigos forem vencidos, e a morte — o último inimigo — for destruída (1Coríntios 15:26), e a necessidade de mediação cessar, pois a Igreja militante se tornará a Igreja triunfante, então será estabelecido o trono de Cristo, o qual o homem glorificado poderá compartilhar com Ele, aquele que também foi homem, e que exaltou a humanidade a ponto de tornar possível essa condição e essa posição. [Plummer, Randell e Bott, 1909]

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Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.