Ezequiel 8:14

E me levou à entrada da porta da casa do SENHOR, que está ao lado norte; e eis ali mulheres que estavam sentadas, chorando a Tamuz.

Comentário de A. R. Fausset

Das abominações secretas das câmaras de imagens, o olho do profeta está voltado para a corte externa na porta norte; dentro do pátio exterior, as mulheres não eram admitidas, mas apenas para a porta.

sat – a atitude dos enlutados (Jó 2:13; Isaías 3:26).

Tamuz – de uma raiz hebraica, “derreter”. Em vez de chorar pelos pecados nacionais, eles choraram pelo ídolo. Tammuz (o sírio para Adonis), o amante de Vênus e do mesmo nome do rio que flui do Líbano; morto por um javali, e, de acordo com a fábula, permitido gastar metade do ano na terra, e obrigado a gastar a outra metade no mundo inferior. Uma festa anual era celebrada em junho (daí Tammuz no calendário judaico) em Byblos, quando as mulheres sírias, em pesar selvagem, arrancavam seus cabelos e entregavam suas pessoas à prostituição, consagrando a contratação de sua infâmia a Vênus; os dias seguintes se regozijaram por seu retorno à terra; a antiga festa sendo chamada de “o desaparecimento de Adonis”, a última, “a descoberta de Adônis”. Essa festa fenícia respondia ao semelhante egípcio em homenagem a Osíris. A ideia assim lendária era a das águas do rio e as belezas da primavera destruídas pelo calor do verão. Ou então, a terra sendo revestida de beleza, durante o meio ano quando o sol está no hemisfério superior, e perdendo-a quando ele parte para o baixo. O nome Adonis não é usado aqui, pois Adon é o título apropriado de Jeová. [Fausset, aguardando revisão]

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Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.