Juízes 3:25

E havendo esperado até estar confusos, pois que ele não abria as portas da sala, tomaram a chave e abriram: e eis que seu senhor caído em terra morto.

Comentário de Keil e Delitzsch

(24-25) Quando os servos de Eglon vieram (para entrar para seu senhor) após a partida de Ehud e viram a porta da sala superior trancada, eles pensaram “certamente (אך, literalmente apenas, nada mais que) ele cobre seus pés” (um eufemismo para realizar as necessidades básicas; compare com 1Samuel 24:3), e esperaram a vergonha (compare com 2 Rei dg 2:17; Juízes 8:11), ou seja até terem vergonha de sua longa espera (ver Juízes 5:28). Abriram a porta com a chave e encontraram seu senhor deitado morto no chão.

A conduta de Ehud deve ser julgada de acordo com o espírito daqueles tempos, quando se pensava que era permitido adotar qualquer meio de destruir o inimigo da própria nação. O assassinato traiçoeiro de um rei hostil não deve ser considerado como um ato do Espírito de Deus e, portanto, não nos é apresentado como um exemplo a ser imitado. Embora Jeová tenha levantado Ehud como um libertador para seu povo quando oprimido por Eglon, não se afirma (e isto deve ser observado particularmente) que o Espírito de Jeová veio sobre Ehud, e menos ainda que Ehud assassinou o rei hostil sob o impulso desse Espírito. Ehud provou ter sido levantado pelo Senhor como o libertador de Israel, simplesmente pelo fato de que ele realmente libertou seu povo da escravidão dos moabitas, e de modo algum se segue que os meios que ele escolheu foram ordenados ou aprovados por Jeová. [Keil e Delitzsch, aguardando revisão]

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Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.