Deuteronômio 13:3

Não darás ouvido às palavras de tal profeta, nem ao tal sonhador de sonhos: porque o SENHOR vosso Deus vos prova, para saber se amais ao SENHOR vosso Deus com todo o vosso coração, e com toda vossa alma.

Comentário de Keil e Delitzsch

(1-3) O primeiro caso. Se um profeta, ou alguém que tivesse sonhos, deveria se levantar para convocar à adoração de outros deuses, com sinais e maravilhas que se realizassem, os israelitas não deveriam ouvir suas palavras, mas colocá-lo à morte. A introdução de חלום חלם, “um sonhador de sonhos”, junto com o profeta, responde aos dois meios da revelação divina, a visão e o sonho, pelo qual, segundo os Números 12:6, Deus deu a conhecer Sua vontade. Com relação aos sinais e maravilhas (mopheth, ver em Êxodo 4:21) com os quais tal profeta poderia procurar acreditar sua missão superior, toma-se por certo que eles se realizam (בּוא); no entanto, por tudo isso, os israelitas não deveriam dar ouvidos a tal profeta, para caminhar atrás de outros deuses. Daí resulta que a pessoa não foi enviada por Deus, mas como um falso profeta, e que os sinais e maravilhas que ele deu não foram maravilhas feitas por Deus, mas σημεῖα καὶ τέρατα ψεύδους (“mentir canta e se maravilha”, 2 Tessalonicenses 2:9); ou seja não apenas milagres aparentes, mas milagres realizados no poder do maligno, Satanás, cuja possibilidade e realidade até Cristo atesta (Mateus 24:24). – A palavra לאמר, que diz, depende do verbo principal da sentença: “se um profeta se levantar…dizendo: Iremos atrás de outros deuses”. [Keil e Delitzsch, aguardando revisão]

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Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.