Deuteronômio 13:8

Não consentirás com ele, nem lhe darás ouvido; nem teu olho o perdoará, nem terás compaixão, nem o encobrirás:

Comentário de Keil e Delitzsch

(7-8) O segundo caso foi quando a tentação da idolatria surgiu das relações de sangue e amigos mais próximos. A cláusula, “filho de tua mãe”, não pretende descrever o irmão como um meio-irmão, mas simplesmente realçar a proximidade da relação fraterna; como a descrição da esposa como a esposa de teu seio, que jaz em teu peito, repousa sobre teu peito (como em Deuteronômio 28:54; Miquéias 7:5), e do amigo como “teu amigo que é como tua própria alma”, ou seja a quem amas tanto quanto a tua vida (compare com 1Samuel 18:1, 1Samuel 18:3). בּסּתר pertence a יסית: se a tentação ocorreu em segredo, e portanto o fato pode ser escondido dos outros. O poder do amor e do relacionamento, ao qual a carne e o sangue têm dificuldade de resistir, é colocado aqui em contraste com a suposta autoridade superior ou divina dos sedutores. Como a persuasão já era muito sedutora, pelo fato de que procedia das relações de sangue mais próximas e dos amigos mais íntimos, e era oferecida em segredo, ela poderia se tornar ainda mais pelo fato de recomendar a adoração de uma divindade que nada tinha em comum com os ídolos proibidos de Canaã, e a adoração da qual, portanto, poderia parecer de menor conseqüência, ou se recomendar pelo encanto da peculiaridade e da novidade. Para evitar esta influência enganosa do pecado, é expressamente acrescentado em Deuteronômio 13:8 (7), “dos deuses perto de ti ou longe de ti, desde uma extremidade da terra até a outra extremidade da terra”, ou seja, quaisquer que sejam os deuses que possam existir sobre todo o circuito da terra. [Keil e Delitzsch, aguardando revisão]

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Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.