Isto vos mando, para que vos ameis uns aos outros.
Comentário de Brooke Westcott
(17–21) O trabalho dos discípulos, sendo um trabalho de amor, não apenas reflete o caráter de seu Mestre, mas também produz o mesmo efeito: é recebido com ódio, revelando a oposição entre a natureza dos crentes e a do mundo. Esse ódio, paradoxalmente, confirma a comunhão verdadeira dos cristãos com Cristo e seu conhecimento de Deus (compare com 1 João 3:1).
À primeira vista, o fato de o mundo odiar aquilo que é essencialmente bom e belo pode parecer uma provação estranha para os crentes (compare com 1 Pedro 4:12 em diante). Cristo, no entanto, antecipa essa tentação explicando a origem desse ódio. Essa lição logo se tornou realidade para os discípulos (Atos 5:41).
17. Este versículo deve ser entendido como a introdução de uma nova linha de pensamento, e não como uma conclusão do que foi dito antes, como sugerido por algumas edições modernas do texto. O estilo de João confirma essa interpretação (compare João 14:25; 15:11; 16:1, 16:25, 16:33).
O amor de Cristo pelos cristãos é, ao mesmo tempo, o remédio contra o ódio do mundo e a razão para ele. O mundo odeia mais as virtudes dos cristãos do que suas falhas. Cristo primeiro estabelece a base desse amor e, em seguida, revela o conflito inevitável que os crentes enfrentarão.
Estas coisas vos mando”– Os mandamentos estão incluídos no ensino que desenvolve a ordem original: “Permanecei em mim” (João 15:4). O objetivo final de tudo isso é produzir amor mútuo entre os discípulos (“para que vos ameis uns aos outros”). [Westcott, aguardando revisão]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.