Quando então os chefes dos sacerdotes e os trabalhadores o viram, eles clamaram, dizendo: Crucifica -o! Crucifica -o! Disse-lhes Pilatos: Tomai-o vós, e crucificai -o; porque eu nenhum crime acho nele.
Comentário de Brooke Westcott
Os principais sacerdotes … e oficiais (os oficiais) …] Os principais sacerdotes e seus auxiliares, ao verem Jesus, imediatamente impediram qualquer possível sentimento de compaixão. Eles não enxergaram um homem digno de misericórdia, mas apenas Aquele que já haviam condenado. Por isso, deram o sinal e a ordem para os outros. Com gritos altos (ἐκραύγασαν), exigiram a morte – e não qualquer morte, mas a morte do pior criminoso. Pela primeira vez, o nome da cruz foi mencionado abertamente. A sentença curta e incisiva, “Crucifica-o, crucifica-o”, reflete exatamente o sentimento do momento e a resposta à tentativa de Pilatos de buscar um meio-termo. O foco deles estava inteiramente na punição. (Compare com Marcos 15:13 e seguintes, “Crucifica-o”). A morte – e a morte de um escravo – era o único objetivo dos acusadores. Todos os evangelistas concordam que a exigência específica da crucificação ocorreu no final do julgamento, depois da oferta de soltar um prisioneiro, conforme o costume da festa (Mateus 27:22, Marcos 15:13, Lucas 23:21).
Tomai-o vós … nenhuma culpa …] Tomai-o vós mesmos … nenhuma acusação (crime) … Pilatos respondeu à exigência dos sacerdotes da mesma forma que antes (João 18:31, “Tomai-o vós mesmos e julgai-o …”), ironicamente, referindo todo o caso a eles. Ele parecia dizer que não iria simplesmente confirmar suas decisões. Eles pediam a crucificação? Pois bem, que a realizassem – algo impossível –, caso sua voz não fosse ouvida. [Westcott, aguardando revisão]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.