E o rei de Israel disse a seus servos: Não sabeis que Ramote de Gileade e nossa? Porém ficamos quietos, sem a tomar da mão do rei da Síria.
Comentário de Robert Jamieson
Por acaso vocês não sabem que Ramote-Gileade nos pertence – uma cidade levítica e livre na fronteira norte de Gade (Deuteronômio 4:43; Josué 21:38), no local do atual Lago Salgado, na província de Belka. Ficava nos territórios do monarca israelita e era injustamente alienado; mas se foi uma das cidades usurpadas pelo primeiro Ben-Hadade, que seu filho havia prometido restaurar, ou que foi retido por outras razões, o historiador sagrado não mencionou. Na expedição que Acabe meditou pela recuperação desta cidade, a ajuda de Jeosafá foi solicitada e prometida (ver 2Crônicas 18:3). Antes de declarar hostilidades, era costume consultar os profetas (ver 1Samuel 28:8); e Jeosafá tendo expressado um forte desejo de conhecer a vontade do Senhor em relação a essa guerra, Acabe reuniu quatrocentos de seus profetas. Estes não podiam ser nem os profetas de Baal ou de Astarte (1Reis 18:19), mas parecem (1Reis 22:12) ter sido falsos profetas, que se conformavam à simbólica adoração de vitelo a Jeová. Sendo as criaturas de Acabe, eles unanimemente previram uma questão próspera para a guerra. Mas insatisfeito com eles, Josafá perguntou se havia algum verdadeiro profeta do Senhor. Acabe concordou, com grande relutância, em permitir que Micaías fosse convocado. Ele era o único verdadeiro profeta então a ser encontrado residindo em Samaria, e ele teve que ser tirado da prisão (1Reis 22:26), no qual, de acordo com Josefo, ele havia sido lançado por causa de sua repreensão a Acabe por poupando o rei da Síria. [Jamieson, aguardando revisão]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.