1 Pedro 5:13

Saúda-vos a igreja escolhida convosco, que está na Babilônia, e também o meu filho Marcos.

ana Babilônia – Alford, Bengel e outros traduzem: “Ela é eleita junto com você na Babilônia”, ou seja, a esposa de Pedro, com quem ele conduziu com ele em suas viagens missionárias. Compare com 1Pedro 3:7, “juntamente herdeiros da graça da vida”. Mas por que ela deveria ser chamada “eleita junto convosco na Babilônia”, como se não tivesse havido nenhuma mulher cristã em Babilônia, é inexplicável nessa visão. Em uma certa versão inglesa, o sentido é mais claro: “Aquela porção de toda a dispersão (1Pedro 1:1), ou Igreja de judeus cristianizados, com gentios convertidos, que residem na Babilônia”. Como Pedro e João estavam intimamente associados, Pedro dirige-se à Igreja na província peculiar de João, na Ásia, e fecha com “sua co-eleita Igreja irmã na Babilônia o saúda”; e João aborda similarmente a “senhora eleita”, isto é, a Igreja na Babilônia, e fecha com “os filhos de tua irmã eleita (a Igreja Asiática) te saúdam”. Erasmo explica: “Marcos, que está no lugar de um filho para mim”: compare Atos 12:12, indicando a conexão de Pedro com Marcos; daí a menção dele em conexão com a Igreja na Babilônia, em que ele trabalhou sob Pedro antes de ir para Alexandria não é antinatural. Papias relata do presbítero João (Eusébio, História Eclesiástica), que Marcos era intérprete de Pedro, registrando em seu Evangelho os fatos relacionados a ele por Pedro. Silvano ou Silas foram substituídos por João Marcos, como companheiro de Paulo, por causa da infidelidade temporária de Marcos. Mas agora restaurado, Marcos é associado a Silvano, companheiro de Paulo, na estima de Pedro, como Marcos já estava reintegrado na estima de Paulo. Aquele Marcos tinha uma conexão espiritual com as igrejas asiáticas que Pedro aborda, e assim naturalmente as saúda, aparecendo também em 2Timóteo 4:11; Colossenses 4:10.

Babilônia – A Babilônia Caldéia no Eufrates. Quão improvável que em uma saudação amigável o título enigmático de Roma dado em profecia (João, Apocalipse 17:5), deva ser usado! Babilônia foi o centro de onde derivou a dispersão asiática a quem Pedro se dirige. Filo (A Embaixada de Gaius) e Josefo (Antiguidades) nos informa que Babilônia continha muitos judeus na era apostólica (enquanto aqueles em Roma eram comparativamente poucos, cerca de oito mil (Josefo, Antiguidades)); por isso, seria naturalmente visitada pelo apóstolo da circuncisão. Era a sede daqueles a quem ele havia se dirigido com tanta sucesso no Pentecostes, Atos 2:9, “Partos…… moradores judeus na Mesopotâmia” (os partos eram então senhores da Babilônia Mesopotâmica); estes ele ministrou em pessoa. Seus outros ouvintes, os judeus “moradores da Capadócia, Ponto, Ásia, Frígia, Panfília”, ele agora ministra por carta. A primeira autoridade distinta para o martírio de Pedro em Roma é Dionísio, bispo de Corinto, na segunda metade do segundo século. A desejabilidade de representar Pedro e Paulo, os dois principais apóstolos, como juntos fundando a Igreja da metrópole, parece ter originado a tradição. Clemente de Roma (Primeira Epístola aos Coríntios), muitas vezes citada, é contra ela. Ele menciona Paulo e Pedro juntos, mas faz disso uma circunstância distintiva de Paulo, que ele pregou tanto no Oriente quanto no Ocidente, implicando que Pedro nunca esteve no Ocidente. Em 2Pedro 1:14, ele diz: “breve está a saída do meu meu tabernáculo”, sugerindo que seu martírio estava próximo, mas ele não faz nenhuma alusão a Roma ou a qualquer intenção de visitá-la. [Jamieson; Fausset; Brown]

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Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.