Ai dos que chamam o mal de bem, e o bem de mal; que trocam as trevas pela luz, e a luz pelas trevas; e trocam o amargo pelo doce, e o doce pelo amargo!
Comentário de A. R. Fausset
[quarto] Ai – contra aqueles que confundem as distinções de certo e errado (compare Romanos 1:28), “reprovado”, grego, “indiscriminado: a percepção moral escurecida”.
amargo…doce – o pecado é amargo (Jeremias 2:19; 4:18; Atos 8:23; Hebreus 12:15); ainda que pareça doce por um tempo (Provérbios 9:17-18). A religião é doce (Salmo 119:103). [Jamieson; Fausset; Brown]
Comentário de Franz Delitzsch 🔒
O quarto ai: “Ai daqueles que chamam o mal de bem, e o bem de mal; que dão as trevas por luz, e a luz por trevas; que dão o amargo por doce, e o doce por amargo”. O ai anterior fez referência àqueles que fizeram dos fatos da história sagrada o alvo de suas dúvidas e ridicularizações naturalistas, especialmente na medida em que eles eram tema de profecia. Este quarto ai diz respeito àqueles que adotaram um código de moral que derrubou completamente os primeiros princípios da ética, e foi totalmente oposto à lei de Deus; pois o mal, as trevas e o amargo, com suas respectivas antíteses, representam princípios morais essencialmente relacionados (Mateus 6:23; Tiago 3:11), o mal, como hostil a Deus, é obscuro em sua natureza, e portanto ama as trevas, e está exposto ao poder punitivo das trevas. E, embora possa ser doce ao paladar físico, é amargo, na medida em que produz repulsa e repugnância na natureza divina do homem, e, após um breve período de auto-engano, se transforma no amargo infortúnio de resultados fatais. Escuridão e luz, amargo e doce, portanto, não são metáforas tautológicas para o mal e o bem; mas epítetos aplicados ao mal e ao bem de acordo com seus princípios essenciais, e seus efeitos necessários e internos. [Delitzsch, 1866]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.