E se alguém ouvir minhas palavras, e não crer, eu não o julgo; porque não vim para julgar o mundo, mas sim para salvar o mundo.
Comentário de Brooke Westcott
Cristo agora passa do foco em Sua pessoa para Suas palavras: de mim para minhas palavras. A fé é essencialmente pessoal. A incredulidade, por outro lado, se limita às manifestações externas da pessoa e lida apenas com o ensinamento.
Dois tipos de ouvintes são mencionados: primeiro, aquele que escuta com respeito, mas não pratica; segundo, aquele que se recusa a ouvir. Isso indica que a leitura crer não se encaixa no contexto do versículo 47.
ouvir minhas palavras (ῥημάτων)] Não necessariamente com compreensão total (João 8:47), mas com atenção (João 10:3, 10:16, 10:27, etc.).
e não crer] A leitura correta é e não as guardar (φυλάξῃ, Mateus 19:20; Lucas 11:28).
Eu (ênfase) não o julgo] Não há um julgamento pessoal e imediato. Cristo veio para juízo (João 9:39), mas não para julgar (João 3:17, 8:15). O julgamento ocorre naturalmente em consequência da manifestação de Cristo. A Lei, em seu sentido mais pleno, é a única acusadora (João 5:45). Quem rejeita Cristo simplesmente permanece onde já está (João 3:36). Nesse caso, os ouvintes se condenam a si mesmos. [Westcott, aguardando revisão]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.