Sejam agradáveis as palavras de minha boca, e o pensamento do meu coração, diante de ti, ó SENHOR, minha rocha e meu Libertador.
Comentário de E. W. Hengstenberg
O salmista pede a recepção favorável de seu canto, não como uma produção de arte sacra, mas em sua substância e matéria, em referência às duas petições com as quais está ocupado; ou, não é como um poeta, mas como um suplicante, que o salmista reivindica a aceitação divina. Isto aparece claramente dos dois predicados de Deus, nos quais o salmista fundamenta sua oração, e que o levou confiantemente a esperar pela sua concessão. Ao dizer “que seja agradável”, o salmista parece usar um termo sacrificial, talvez as próprias palavras que foram ditas pelos sacerdotes na apresentação do sacrifício. Pelo menos a expressão é usada regularmente em relação às ofertas: comp. Levitico 22:19-20,Levítico 19:57; Levitico 22:19-20, Levítico 22:29, Levítico 23:11; Isaías 56:7, Isaías 60:7; Romanos 12:1. Tal transferência de linguagem era o mais natural, pois o sacrifício em si era uma oração encarnada. É melhor ligar as palavras, “antes de Ti”, com as palavras, “a meditação do meu coração”, do que com a expressão, “aceitável”, da qual elas estão muito separadas. A expressão “aceitável” ocorre em outro lugar sem qualquer outra adição a ela, e é encontrada apenas uma vez conectada com as palavras, “diante do Senhor”, ou seja, em Êxodo 28:38. A expressão, “minha Rocha”, denota aqui também aquela fidelidade, certeza, que não permite ao Senhor abandonar Seu povo; ver em Salmo 18:2. [Hengstenberg]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.