Púrpura (‘argaman; siríaco ‘argewan (2Crônicas 2:7); compare com o árabe ‘urjuwan e o persa ‘arghawan; porphura, porphureos na Septuaginta e no Novo Testamento) era um corante fabricado pelos fenícios a partir de um molusco marinho chamado Hexaplex trunculus ↗. A concha era quebrada para se acessar uma pequena glândula que era retirada e esmagada. Essa glândula esmagada produzia um fluido leitoso que se tornava vermelho ou púrpura ao ser exposto ao ar. Ainda se encontram pilhas destas conchas partidas na costa de Sidom e de Tiro. A glândula púrpura é encontrada em várias espécies de Murex e também de Purpura.

O tecido púrpura foi usado na mobília do tabernáculo (Êxodo 25:4, etc.) e do templo de Salomão (2Crônicas 2:14; 2Crônicas 3:14); na liteira de Salomão (Cânticos 3:10); e nas cortinas do palácio de Assuero (Ester 1:6). Os reis de Midiã usavam vestes púrpuras (Juízes 8:26); a mulher virtuosa de Provérbios 31:22 vestia-se de linho fino e púrpura. Mardoqueu foi vestido com púrpura por Assuero (Ester 8:15); Jesus, pelos soldados romanos (Marcos 15:17; Marcos 15:20; João 19:2, 5). O homem rico de Lucas 16:19 e a mulher escarlate de Apocalipse 18:12; 18:16 também estavam vestidos de púrpura. Em Cânticos 7:5, a noiva tem cabelos como púrpura. A púrpura também aparece entre as mercadorias da Babilônia (Apocalipse 18:12). É surpreendente que Ezequiel fale dos tirianos como obtendo púrpura das ilhas de Elisá (Ezequiel 27:7) e da Síria (Ezequiel 27:16). [Alfred Ely Day, Orr, 1915]