O amor de Deus por Israel
Eu sempre amei vocês (compare com Ml 1:2-5; Dt 7:6-8; Dt 10:15; Dt 32:8-14; Is 41:8,9; Is 43:4; Jr 31:3; Rm 11:28,29).
Em que nos amaste? (compare com Ml 1:6-7; Ml 2:17; Ml 3:7,8,13,14; Jr 2:5,31; Lc 10:29).
todavia, amei a Jacó (compare com Gn 25:23; Gn 27:27-30,33; Gn 28:3,4,13,14; Gn 32:28-30; Gn 48:4; Rm 9:10-13).
rejeitei a Esaú (compare com Gn 29:30,31; Dt 21:15,16; Lc 14:26) – ou então, “odiei a Esaú” (ACF). O apóstolo Paulo cita essas palavras (Rm 9:13) para ilustrar sua posição, “que o propósito de Deus segundo a eleição permanecesse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama” (Rm 9:11, A21). Mesmo antes de seu nascimento, Jacó foi o escolhido, e Esaú, o mais velho, deveria servir ao mais novo. À alguns, esta declaração do mistério da eleição parece tão dura que tem pensado que as palavras do texto precisam ser suavizadas, ou modificadas pela sua explicação. Assim, fazem interpretações como estas: “Preferi Jacó a Esaú”; “Eu amei Esaú menos do que Jacó;” ou eles limitam os termos “amor” e “rejeição” à concessão ou retenção de bênçãos temporais; ou eles afirmam que Esaú foi odiado porque Deus previu sua indignidade, e Jacó foi amado pois previu sua piedade e fidelidade. Mas Malaquias não está falando da predestinação de um irmão e da reprovação do outro; ele está contrastando as histórias dos dois povos representados por eles; como Jerônimo coloca, “Amei Jacó no ódio à Esaú”. Ambas as nações pecaram; ambas são castigadas; mas Israel, pela livre misericórdia de Deus, foi perdoado e restaurado, enquanto Edom foi deixado na miséria que causou a si mesmo pela sua própria iniquidade. Assim é provado o amor de Deus pelos israelitas (Knabenbauer). Que é das duas nações que o profeta fala, ao invés dos dois irmãos, é visto pelo que se segue. [Pulpit, 1895]
fiz dos seus montes uma devastação (compare com Is 34:9-12; Jr 49:16-18; Ez 25:13,14; Ez 36:3,4,7,9,14,15; Jl 3:19).
dei sua herança aos chacais do deserto (compare com Is 13:21,22; Is 34:13,14; Is 35:7; Jr 9:11; Jr 51:37) – ou então, fiz da sua herança um deserto para chacais.
voltaremos a edificar as ruínas (compare com Is 9:9,10; Tg 4:13-16).
Eles edificarão, e eu destruirei (compare com Jó 9:4; Jó 12:14; Jó 34:29; Sl 127:1; Pv 21:30; Is 10:4,15,16; Lm 3:37; Mt 12:30).
Povo Contra Quem o SENHOR Está Irado para Sempre (compare com Ml 1:3; Sl 137:7; Is 11:14; Is 34:5,10; Is 63:1-6; Lm 4:21,22; Ez 25:14; Ez 35:9).
Quando os judeus virem com seus próprios olhos o cumprimento dessas ameaças a Edom, serão convencidos da majestade e do amor divinos.
Vocês verão isso com seus próprios olhos (compare com Dt 4:3; Dt 11:7; Js 24:7; 1Sm 12:16; 2Cr 29:8; Lc 10:23,24). Eles não precisam depender de rumores, pois com seus próprios olhos testemunharão a humilhação de Edom.
e dirão – convencidos pelo cumprimento das ameaças.
O SENHOR é grande até mesmo além das fronteiras de Israel (compare com Sl 35:26,27; Sl 58:10,11; Sl 83:17,18; Ez 38:16,23; Ez 39:21,22) – ou então, “O SENHOR é engrandecido até mesmo além das fronteiras de Israel” (ACF); ou então, “O Senhor será magnificado desde a fronteira de Israel” (BKJ). Dessas três traduções, a primeira é a melhor. O tratamento dado aos edomitas provará aos judeus que Javé é supremo até mesmo sobre as nações fora de Israel. O contraste entre o destino de Edom e a de Israel é a prova de que os grandes poderes de Javé são exercidos especialmente em nome dos judeus – em outras palavras, é a prova que Ele os ama. Esse pensamento parece se encaixar melhor no contexto. [Whedon, 1874]
O filho honra ao pai (compare com Ex 20:12; Lv 19:3; Dt 5:16; Pv 30:11,17; Mt 15:4,6; Mt 19:19; Mc 7:10; Mc 10:19; Lc 18:20; Ef 6:2).
o servo [honra] a seu senhor (compare com 1Tm 6:1,2; Tt 2:9,10; 1Pe 2:17-19).
eu [Javé] sou pai (compare com Ml 2:9; Ex 4:22,23; Is 1:2; Is 64:8; Jr 31:9; Mt 6:9,14,15; Lc 6:36,46; 1Pe 1:17).
[eu Javé] sou senhor (compare com Mt 7:21; Lc 6:46; Jo 13:13-17).vocês, sacerdotes, que têm desprezado o meu nome (compare com Ml 2:8; 1Sm 2:28-30; Jr 5:30,31; Jr 23:11; Ez 22:26; Os 4:6; Os 5:1).
Mas vocês perguntam: ‘Em que temos desprezado o teu nome?’ (compare com Ml 2:14-17; Ml 3:7,8,13,14; Lc 10:29).
A oferta de sacrifícios inaceitáveis
A resposta de Deus ao desafio deles (Ml 1:6), “Em que temos desprezado o teu nome?”.
Vocês oferecem sobre meu altar pão impuro (compare com Lv 2:11; Lv 21:6; Dt 15:21) – ou seja, sacrifícios deformados (Ml 1:8,13-14; Dt 15:21). Assim, “o pão de teu Deus” é usado para “sacrifícios a Deus” (Lv 21:8).
A mesa do SENHOR é desprezível (compare com Ml 1:12; 1Sm 2:15-17; 1Co 10:21; 1Co 11:21,22,27-32).
- mesa do SENHOR – isto é, o altar (compare com Ez 41:22) (não a mesa dos pães da proposição). Assim como a carne sacrificial é chamada de “pão”.
- desprezível (compare com Ml 1:12,13). Vocês aprovam as ofertas mesquinhas e imperfeitas do povo sobre o altar, para serem favorecidos. Dario e, provavelmente, seus sucessores, haviam fornecido generosamente as vítimas para o sacrifício, mas não apresentavam nada além do pior. Uma religião barata, que custa pouco, é rejeitada por Deus e, portanto, não vale nada. Custa mais do que vale, pois não vale nada, e assim se prova muito cara. Deus não despreza as duas moedinhas da viúva, mas despreza as moedinhas do avarento (Moore). [JFU, 1871]
Ou então, “Na hora de trazerem animais cegos para sacrificar, vocês não vêem mal algum. Na hora de trazerem animais aleijados e doentes como oferta, também não vêem mal algum” (NVI).
vocês trazem um animal cego (compare com Ml 1:14; Lv 22:19-25; Dt 15:21).
para o sacrifício (compare com Ml 1:10,13; Jó 42:8; Sl 20:3; Jr 14:10; Os 8:13).
Não tenho prazer em vocês’, diz o SENHOR dos exércitos, ‘nem aceitarei a sua oferta’ (compare com Is 1:11-15; Jr 6:20; Am 5:21-24; Hb 10:38).
desde o nascente do sol até o seu poente (compare com Sl 50:1; Sl 113:3; Is 45:6; Is 59:19; Zc 8:7) – ou então, menos provavelmente, “do oriente ao ocidente” (A21, NVI).
meu nome é grande entre as nações (compare com Ml 1:14; Sl 22:27-31; Sl 67:2; Sl 72:11-17; Sl 98:1-3; Is 11:9,10; Is 45:22,23; Is 49:6,7,22,23; Is 54:1-3,5; Is 60:1-11,16-22; Is 66:19,20; Am 9:12; Mq 5:4; Sf 3:9; Zc 8:20-23; Mt 6:9,10; Mt 28:19; At 15:17,18; Ap 11:15; Ap 15:4). Javé não precisa da adoração hipócrita dos judeus, pois mesmo entre os gentios, Ele tem os que o adoram (compare com At 10:34-35).
e em todo lugar se oferece ao meu nome incenso e oferta pura (compare com Is 24:14-16; Is 42:10-12; Sf 2:11; Jo 4:21-23; At 10:30-35; Rm 15:9-11,16; 1Tm 2:8; Ap 8:3). Os sacrifícios dos gentios, quando oferecidos com devoção sincera, o são ao “nome” de Javé (compare com At 17:23). [Dummelow, 1909]
vocês o profanam (compare com Ml 1:6,8; Ml 2:8; 2Sm 12:14; Ez 36:21-23; Am 2:7; Rm 2:24) ao dizerem [com as suas atitudes] que a mesa do SENHOR é impura (compare com Ml 1:7,13; Nm 11:4-8; Dn 5:3,4); e aquilo que se oferece sobre ela é desprezível. Eles não disseram literalmente: “a mesa do Senhor é impura”; mas suas atitudes praticamente diziam isso. Eles não agiram de modo a levar o povo a reverenciá-la, e a oferecer sobre ela o seu melhor ao Senhor. A mesa do Senhor estava, de fato, contaminada; a culpa disso era, em grande parte, dos sacerdotes. As pessoas eram pobres e deixavam as piores ofertas para Deus. Os sacerdotes permitiam que fizessem isso por medo de ofende-las, e assim, perderem os seus ganhos. [JFU, 1871]
dizem: ‘Que canseira!’ (compare com 1Sm 2:29; Is 43:22; Am 8:5; Mq 6:3; Mc 14:4,5,37,38).
e a tratam com desprezo (compare com Ml 1:7-8; Lv 22:8,19-23; Dt 15:21; Ez 4:14; Ez 44:31). A mesa do Senhor e a oferta sobre ela (Ml 1:12).
Trazem como oferta o que foi roubado, o aleijado, e o enfermo – ou seja, animais que não era lícito nem comer, muito menos oferecer em sacrifício (Êx 22:31). [JFU, 1871]
por acaso eu aceitaria isso das mãos de vocês? (compare com Ml 2:13; Is 1:12; Is 57:6; Jr 7:9-11,21-24; Am 5:21-23; Zc 7:5,6; Mt 6:1,2,5,16).
Maldito seja o mentiroso (compare com Ml 3:9; Gn 27:12; Js 7:11,12; Jr 48:10; Mt 24:51; Lc 12:1,2,46; At 5:1-10; Ap 21:8).
que tem animal sadio (ou então, “macho”, BKJ) em seu rebanho, o promete, mas oferece o defeituoso ao SENHOR (compare com Ec 5:4,5; Mc 12:41-44; Mc 14:8; 2Co 8:12) – ou então, promete e oferece o defeituoso ao SENHOR (BKJ, ARA, NAA). A pobreza não era a causa das suas ofertas medíocres, mas sim a avareza.
pois eu sou o Grande Rei (compare com Ml 1:8,11; Dt 28:58; Sl 47:2; Sl 48:2; Sl 95:3; Is 57:15; Jr 10:10; Dn 4:37; Zc 14:9; Mt 5:35; 1Tm 6:15).
meu nome é temido entre as nações (compare com Sl 68:35; Sl 76:12; Dn 9:4; Hb 12:29; Ap 15:4). Até mesmo os pagãos me temem por causa de Meus julgamentos; que vergonha é isto para vocês, povo meu, que não me temem (Ml 1:6)! [JFU, 1871]
Visão geral de Malaquias
No seu livro, o profeta Malaquias “acusa Israel de egoísmo após o exílio e anuncia que o dia do Senhor purificará Israel e o preparará para o reino de Deus”. Tenha uma visão geral do livro através desta exposição do Rev. Augustos Nicodemus. (47 minutos)
Leia também uma introdução ao Livro de Malaquias.
Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles – setembro de 2020.